Escola de Verão 2022

A escola de Verão decorreu nas Lajes do Pico, um dos três municípios da ilha do Pico, no arquipélago Português dos Açores. Durante duas semanas, foram estudados o urbanismo local, a arquitetura e os detalhes de construção tradicionais da ilha do Pico, a fim de criar um catálogo de padrões tradicionais de construção que pudessem servir de base tanto para novos desenhos tradicionais como para a preservação do património construído do Pico. Desenhar e medir à mão os edifícios, ruas e detalhes de construção por toda a ilha foi a principal atividade durante a primeira semana do programa. Para além deste trabalho de campo, foram convidados especialistas locais em história, geologia, biologia, paisagens, tradições e arquitetura para dar palestras sobre estes temas. Todas as palestras foram gentilmente acolhidas pelo Museu dos Baleeiros nas Lajes do Pico. Com base neste trabalho inicial, e respondendo às necessidades apresentadas pelo município das Lajes do Pico, foi concebida uma proposta de desenvolvimento para a cidade, com a colaboração de todos os participantes. Esta proposta incluía uma nova frente marítima, uma praça, um auditório, um hotel, um mercado e um pavilhão de música para uma área não urbanizada e em decadência, localizada mesmo em frente ao mar e pertencente ao município. Este programa foi organizado pela INTBAU e pelo Prémio Rafael Manzano de Nova Arquitetura Tradicional, com o apoio do município das Lajes do Pico, Kalam, Fundação Serra Henriques e Alireza Mina Sagharchi, e a colaboração do Governo dos Açores através do seu Departamento de Cultura, Cham Açores, a Universidade Portucalense do Porto (Portugal) e o Instituto Universitário de Lisboa ISCTE-IUL (Portugal), as escolas de arquitetura da Universidade de Miami e da Universidade de Notre Dame (EUA), a Universidade Politécnica de Madrid e o Centro de Investigação de Arquitetura Tradicional (CIAT). O trabalho foi desenvolvido por uma equipe muito internacional composta por pessoas de mais de 10 nacionalidades diferentes. A equipe de professores e organizadores incluiu José Baganha (INTBAU Portugal), Carolina Cabra Ankersmit (INTBAU Espanha), Aritz Diez Oronoz (Universidade do País Basco), Alejandro García Hermida (Universidade Politécnica de Madrid | Prêmio Rafael Manzano | INTBAU Espanha), Guillermo Gil Fernández (Prêmio Rafael Manzano | INTBAU Espanha), Rebeca Gómez-Gordo Villa (Prêmio Rafael Manzano | INTBAU Espanha), Imanol Iparraguirre Barbero (Universidade do País Basco), Frank Martínez (Universidade de Miami), Pedro P. Palazzo (Universidade de Brasília), Jorge Santos Silva (INTBAU Portugal) e Lucien Steil (Universidade de Luxemburgo).

Os oradores foram Raul Azevedo, Manuel da Costa (Museu do Pico), Igor Espínola de França (CHAM Açores), Rui Florentino (Universidade Portucalense do Porto | INTBAU Portugal), Alexandre Gamelas (AGCS Arquitetos | INTBAU Portugal), Mónica Goulart (Parque Natural da Ilha do Pico. Direcção Regional do Ambiente), Ramón Mayo (Kalam), Manuel Paulino (Direcção Regional do Ambiente e Alterações Climáticas), Telma Ribeiro (Universidade Portucalense do Porto | INTBAU Portugal), José Luís Saldanha (ISCTE Instituto Universitário de Lisboa) e Catarina Santos (AGCS Arquitetos | INTBAU Portugal). E os participantes foram Taruna Ramakrishnan Aiyyar (Índia), Clara Alvariño Galicia (Espanha), Patrícia Antunes dos Reis (Portugal), Aiala Bastero Acha (Espanha), Alaric Bovero (França), Inês Castro Lobo (Portugal), Pietro Degli Esposti (Itália/Brasil), Emmanuela Dretaki (Grécia), Guillermo Escolano Martínez (Espanha), Madeline Vogel Fairman (EUA), Duarte Fernández Ruivo (Portugal), Karla Fidalgo (EUA), Pierre Keller (França), Alejandro Martínez del Río (Espanha), Laura Miguel Pastor (Espanha), João Tiago Neto Tereso (Portugal), Daniele Roccaro (Itália), Cesar Eduardo Rojas Marrugo (Colômbia), Andrew Seago (EUA), Nicholas Sloan (EUA), Ashley Straub (EUA), Alexis Stypa (EUA) e Nathan Walz (EUA). No final de todo o processo, a documentação produzida durante as duas semanas foi organizada e formatada para exposição pública no Museu dos Baleeiros, que generosamente cedeu um espaço de exposição para o efeito. Ali, o trabalho foi finalmente apresentado e visitado pelos residentes do município. O programa foi encerrado com uma agradável cerimónia de entrega de diplomas e a vontade de que o resultado viesse a ser mais tarde resumido nesta publicação.